POV: Dylan
Tem gente que acha que o silêncio é seguro.
Mas o silêncio... ele fala. Grita. Revela.
Principalmente quando você sabe ouvir.
E eu sempre soube.
Observei da janela do escritório enquanto o carro de Alexander sumia no fim da rua. O mesmo carro que, horas antes, eu tinha visto estacionado em frente ao prédio da Emily.
Sabia que não era coincidência.
Nada envolvendo Alexander é.
A verdade é que há semanas eu venho observando tudo. Emily, Noah... e principalmente ele.
Não porque sou um santo.
Mas porque, no fundo, sempre desconfiei que havia um jogo maior acontecendo.
E eu odeio perder — até quando ainda nem sei as regras.
—Você está obcecado — ouvi a voz de Sofia atrás de mim.
Me virei. Ela estava encostada na porta, os braços cruzados, aquele sorriso irônico que me tirava do sério e me atraía ao mesmo tempo.
—Só estou atento — rebati.
—"Atento"? — ela riu. —Você anda seguindo seu próprio tio. Isso já ultrapassou a linha do razoável faz tempo.
Sofia era o tipo de mulher que vo