Hanna
Sabrina tinha uma missão. E, aparentemente, eu não tinha direito de discordar dela.
— Hana, anda logo! — ela reclamou enquanto mexia no armário. — Você vai embora em três dias. Eu sou sua irmã, não sua empregada doméstica. Você tem que sair comigo.
— Eu estou cansada, Sab… — suspirei, largando o corpo no sofá.
— Problema seu. — Ela apontou para mim como quem dá uma ordem militar. — Vai levantar agora. Nem que eu te arraste pelos cabelos.
E ela arrastava mesmo.
Minutos depois, estávamos dentro do carro, Sabrina animada, eu exausta, e a viagem internacional martelando na minha mente.
Eu não estava pronta.
Nem para o treinamento.
Nem para a distância.
Nem para o efeito que Ethan estava causando em mim.
O toque das nossas mãos naquela tarde ainda formigava nos meus dedos.
Ridículo.
Insistente.
Vivo.
Quando Sabrina estacionou e puxou minha mão para entrar no bar, eu só conseguia pensar que queria sumir por um instante.
Mas então senti.
Um arrepio.