Ethan
Eu precisava de alguns segundos para recobrar o fôlego depois que ela se afastou.
Hanna.
O nome dela ainda queimava na minha boca.
Eu fiquei parado ali, no canto mais escuro do bar, respirando como um idiota que havia esquecido como funciona o oxigênio. A música continuava, a pista seguia cheia, mas para mim… tudo tinha ficado em silêncio depois que ela virou as costas.
A sensação do beijo ainda latejava nos meus lábios.
E a falta dela, absurda, impossível, já estava me corroendo.
Por que diabos eu deixei isso acontecer?
Quando finalmente voltei para o balcão, Enrico me olhou com uma sobrancelha arqueada, segurando um copo de whisky.
— Caralho, Ethan… o que eu acabou de acontecer? — ele perguntou, quase rindo, mas com aquele tom de “me explica AGORA”.
Eu passei a mão pelo cabelo, irritado comigo mesmo, com ela, com o universo inteiro.
— Não faço ideia do que está acontecendo — respondi, rouco ainda. — Absolutamente nenhuma.
Enrico deu um gole no copo, me analisando como se eu fo