Ana

Depois de liberar todo o estresse e tesão que Lex tinha gerado eu pensei que finalmente estava livre daquela fantasia.

Tentei limpar minha mente, olhei pro teto como se ele tivesse alguma resposta. O quarto estava escuro, mas minha cabeça, acesa demais. Tentei fingir normalidade. Juro.

Me enrolei no lençol como se aquilo fosse uma armadura, como se pudesse proteger minha sanidade, meu orgulho... minha calcinha ainda úmida. Bebi água gelada direto da garrafinha na cabeceira, mas parecia que a sede não era de água. Era dele. Coloquei uma camisola qualquer, dessas velhas, tentando lembrar quem eu era antes de Lex bagunçar minha mente. Mas não adiantou nada.

Meu corpo ainda queimava. Como se a presença dele tivesse grudado na minha pele. Como se a ausência dele fosse mais intensa do que a presença de qualquer outro homem que já passou pela minha vida.

Fechei os olhos tentando esvaziar a mente, mas era ele. Sempre ele. Lex. O sorriso cafajeste, a voz baixa, a forma como me olhou naque