Ana
Lex avançou na direção do novo barulho como um predador em silêncio, e eu atrás, tropeçando na própria respiração. O estrondo tinha vindo da cozinha.
O corredor parecia um túnel sem fim, cada sombra nas paredes me lembrando que talvez não estivéssemos sozinhos. Minha mão tremia tanto que precisei segurar na camisa dele pra não cair.
— Não solta. — ele disse sem olhar pra trás, como se adivinhasse meu pânico.
Quando chegamos à cozinha, a cena me deixou gelada. Uma panela no chão, girando ainda, como se tivesse acabado de cair da prateleira. Mas ninguém por per