Mente vazia...
Ana
Quando chegamos na mansão, o Lex quase pulou do carro igual criança chegando no parque. Ele abriu os braços e falou alto, todo feliz:
— Lar doce lar!
Eu ri, porque ele realmente parecia emocionado de voltar. Tipo alguém que ficou meses preso num hotel ruim e finalmente encontrou o próprio travesseiro. A mansão tava igual sempre: enorme, silenciosa e com aquele cheirinho de limpeza que a Cida sempre deixava.
Assim que entramos, ela apareceu no hall com aquele sorriso acolhedor dela.
— Bem-vindos de volta — ela disse, limpando a mão no avental antes de se aproximar.
— Obrigado, Cida — o Lex respondeu, já largando as chaves na mesinha. — Você pode cuidar das bagagens pra gente?
— Claro, senhor — ela falou, já indo buscar os funcionários pra ajudar.
Quando ela saiu, ficou só eu e o Lex ali. Deu até um silêncio estranho, mas confortável. Eu olhei em volta, respirando fundo, percebendo que… é. Aquilo ali ia ser minha realidade agora. Sem acordar cedo pra revisar capítulo, sem ficar vira