Ana
O saguão do hotel era fenomenal, eu me aproximei da recepcionista para perguntar onde ficava o restaurante e ela me mostrou qual andar eu deveria ir.
Entrei no elevador espelhado e encarei o meu reflexo, o que me fez perceber que eu não estava brava só com o Lex, mas também comigo mesma. Eu não conseguia esquecer a burrada que eu fiz.
—Porque você não esperou pra ver se ele ia te beijar mesmo?
—Ana acorda! esse cara não tá afim de você! Ele não ia te beijar!-Revirei os olhos pra mim mesma cansada desse assunto. —É só fingir que não aconteceu! nada de beijo…eu não sinto nada pelo Alexander Moreau Cavalcanti! NADA!
O elevador abriu direto para a cobertura do hotel, e por um segundo achei que tinha entrado em outro planeta.
Paredes de mármore e cristais do chão ao teto, janelas imensas de vidro mostrando a cidade inteira lá embaixo e garçons andando de um lado pro outro como se tivessem nascido com uma bandeja grudada na mão. Eu, com meu estômago revirado, me sentindo a impostora