Ana
A limousine parou devagar, deslizando pelo tapete vermelho iluminado por flashes que piscavam como se fosse tempestade de verão. Eu respirei fundo, ajeitei o vestido com a mão e olhei para Lex.
Ele parecia completamente à vontade, como se chegar em uma festa milionária, cercado de câmeras e repórteres, fosse tão normal quanto ir comprar pão.
— Preparada? — ele perguntou, abrindo um sorriso que deixava claro que ele já conhecia a resposta.
— Não — respondi, rápida. — Mas se eu sobrevivi ao escândalo do meu ex, sobrevivo a qualquer coisa.
Ele riu, abriu a porta e me ofereceu a mão. Eu aceitei, tentando ignorar o barulho ensurdecedor de vozes, música e o clique incessante das câmeras. Só que quando coloquei o pé para fora da limousine… quase desisti.
O lugar parecia uma cena de filme futurista. Os garçons não usavam terno, gravata ou sequer camisa. Eles estavam de sunga dourada , com o corpo inteiro coberto por tinta metálica, como se fossem estátuas vivas.
Carregavam bandejas de c