Pov. Isabella
Eu queria ser pedra. Queria ser alguém que não sente, que não sofre, que não treme ao som do nome de outra mulher.
Mas eu era eu.
E estava trancada na sala ao lado, com o coração tentando escapar pela garganta, enquanto Helena conversava com Ethan.
Não… enquanto ela o confrontava.
Encostei-me à parede. Era injusto, eu sabia. Mas o medo e a curiosidade eram mais fortes.
— Você não me atende há dois dias — a voz dela atravessou a porta. Fria. Possessiva. — E ainda aparece nesse baile sem mim, como se eu fosse um mero acessório da sua vida.
Ethan respirou fundo.
— Não era uma noite para exposição.
— Exposição? — ela soltou uma risada debochada. — Você me trocou por qualquer outra coisa que te interessou mais. Não pense que sou burra.
Eu cerrei os punhos.
A “coisa” que o interessou mais… era eu?
Não. Melhor não pensar nisso.
— Helena, não é o momento para isso — ele tentou.
— Claro que não é! — ela elevou o tom. — Porque você nunca tem tempo para mim, nunca está completament