Era início de tarde quando Isabelle e Dominico deixaram as alamedas do restaurante para trás e se dirigiram ao Parco della Perle du Lac, às margens do Lago Léman. A brisa, ainda fresca após a refeição leve, carregava um aroma de erva recém-cortada e água límpida. Acima de suas cabeças, os galhos de cedros formavam um dossel suave, salpicado de luzes e sombras que dançavam sobre o caminho de calcário. Casais passeavam de mãos dadas, corredores solitários seguiam com fones de ouvido e moradores caminhavam com seus cães sob o céu claro.
Após alguns minutos, Isabelle conduziu-os até um banco simples, de madeira clara, voltado para o lago. Seus olhos, ainda marcados pela indecisão do almoço, buscavam refúgio na superfície azul-esverdeada da água, onde barcos a remo deslizavam preguiçosos.
Sentaram-se lado a lado, um espaço mesclado entre a distância polida do reencontro e o magnetismo silencioso que pairava no ar. Dominico ajeitou o paletó cinza antes de romper o silêncio.
— Desde que te v