A tarde caía devagar, vestindo o céu de um azul suave tingido de dourado. Os vidros escurecidos da Mercedes refletiam a paisagem, mas Matteo não enxergava nada. A cada sinal fechado, a cada quilômetro vencido a caminho do escritório, sua mente não descansava.
O volante firme sob as mãos não o ancorava mais na realidade. Estava em outro lugar.
Estava nela.
Em Isabelle.
A imagem dela naquela manhã ainda queimava em sua retina: os cabelos soltos, desordenados pela noite de amor; a pele macia, marcada por seus beijos; os olhos azuis tão fundos e tão distantes, mesmo diante de um café da manhã preparado com carinho.
Matteo a conhecia como ninguém. Sabia quando ela estava tentando sorrir, sabia quando sua risada era forçada, e quando o brilho nos olhos era apenas uma sombra do que fora um dia. Nos braços dele, Isabelle parecia inteira. Gritava seu nome, o beijava com uma fome insaciável, se entregava com uma paixão que o enlouquecia. Apertava suas coxas ao redor de sua cintura, cravava as u