Isabelle despertou com o corpo trêmulo e a respiração entrecortada, como se tivesse sido arrancada de um abismo profundo e sufocante. O suor frio colava os fios escuros de seus cabelos à testa, e o lençol, amarrotado, parecia ter sido retorcido por mãos invisíveis. Por alguns segundos, permaneceu deitada, o olhar perdido no teto, tentando separar o sonho da realidade, mas a voz infantil que ecoava em sua mente tornava a tarefa impossível.
— Papai… papiii…
O sussurro infantil, doce e inocente, ressoava como um eco maldito vindo de outra dimensão. Mas o que a fez estremecer por completo foi o rosto que surgira no sonho — não o de Matteo, que tantas vezes a embalava em paz durante suas noites, mas sim o de Dominico. Ele estava ali, à beira da cama, sorrindo com aqueles olhos negros cheios de loucura e obsessão, segurando Catherine nos braços como se ela fosse seu troféu.
— Meus amores... minha filha... minha amada Isabelle. Você é minha. Ela é o fruto da minha semente.
As palavras, impre