Eles se beijavam como se o tempo tivesse deixado de existir. Cada toque, cada suspiro trocado era uma confissão silenciosa do quanto haviam se contido até ali. As mãos de Christopher percorriam a cintura de Cristal com reverência e fome, como se memorizasse o corpo dela em cada curva, em cada arrepio que despertava.
Cristal sentia-se leve, quase fora de si — como se o mundo real tivesse ficado do lado de fora daquele instante. Christopher a fazia esquecer das máscaras, das regras, dos limites. Ao lado dele, não existia certo ou errado, apenas o calor dos corpos, os sorrisos entre beijos lentos e a vontade quase desesperada de se manterem colados.
A respiração dela se acelerava toda vez que ele roçava os lábios em seu pescoço, e os olhos fechados revelavam o quanto se entregava sem medo, como se tivesse esperado por isso a vida inteira.
O desejo que sentia por Christopher ia além da pele. Era profundo, avassalador, quase doloroso. Ela queria aquela noite inteira, queria se perder