O quarto ainda carregava o calor do que havia acontecido entre eles. Cristal se levantou em silêncio, enrolando-se no roupão e seguindo para o banho. Raphael entrou logo depois, murmurando algo sobre água quente e o tempo frio, como se tudo estivesse absolutamente bem.
A rotina seguiu quase mecânica. Eles se vestiram, Cristal optando por algo confortável e leve — uma blusa de linho clara e uma calça elegante, cabelos presos num coque baixo novamente, sem esforço, mas com elegância.
Descendo as escadas juntos, foram recebidos pelo aroma de café fresco e pão recém-assado. Os mordomos haviam acabado de pôr a mesa: frutas cortadas com precisão, sucos naturais, croissants, queijos finos e geleias em pequenos potes de vidro.
Sentaram-se lado a lado. Raphael parecia mais presente, sorrindo de forma contida, como se quisesse mostrar atenção. Cristal manteve a compostura. Sorriu também. Comeu devagar. Observava.
Depois de um tempo, ele limpou os lábios com o guardanapo e se virou para ela