📍 NARRADO POR ALANA
(continuação — briga de rua, sem escapatória, sem misericórdia)
---
O PRIMEIRO SOCO É SEM CERIMÔNIA
Ele veio com tudo. Punho fechado, cheio de ódio e testosterona inútil.
Mas raiva não vence experiência.
Eu me abaixei no reflexo, o soco dele passou zunindo pelo meu cabelo. Apontei o joelho direto na costela, e o estalo foi música.
Vilela cambaleou, tossiu seco — já sentiu que não ia ser fácil.
— “Não vai ter rádio, Vilela. Não vai ter reforço. Vai ter é chão, asfalto e tua cara ralada.” — rosnei, girando no próprio eixo.
Ele veio de novo. E aí acertou.
Um soco direto na boca. Doeu. Rasgou o lábio.
Mas a raiva que me alimentava queimava mais que a dor.
Cuspi sangue no chão e sorri.
— “Isso é tudo que tu tem?”
---
A COBRA TENTA PICAR
Ele tentou usar o peso a favor, jogou o ombro contra mim, querendo me derrubar no baque.
Não conseguiu.
Eu rolei pro lado, chutei o joelho dele com força. Ele caiu de lado e tentou se reerguer na fúri