📍 NARRADO POR ALANA
(continuação — a invasão, a hora da cobra)
---
A CHEGADA AO COVIL
A base da Daniela era uma fortaleza mascarada de quartel.
Vidro limpo, portão eletrônico, duas guaritas. Policial em cada canto, farda engomada, arma na cintura.
Mas fachada é fachada.
E todo muro tem rachadura.
Eu e Caio chegamos por trás, pela viela que a maioria nem sabia que existia.
Ele matou o motor da caminhonete a uns cinquenta metros, me olhou no escuro, e falou baixo:
— “Aqui é silêncio, Fagulha. Não é tiro de rua. É veneno na sombra.”
Assenti.
Vestimos os coletes leves, colocamos as máscaras pretas no rosto.
Silenciadores encaixados.
Cada movimento, ensaiado na mente.
O coração batia forte — mas não era medo.
Era a adrenalina do acerto.
---
O PRIMEIRO GUARDIÃO
Dois passos no mato e já avistamos o primeiro.
Um soldadinho na guarita, segurando café, cochilando em pé.
Muralha foi na frente.
Um golpe seco no pescoço, o corpo caiu antes de pensar em