Narrado por Muralha (Caio)
Ela fechou a porta.
Aziza, com aquele salto batendo no chão, o rabo entre as pernas disfarçado de dignidade.
E a Alana… porra, a Alana ainda tava ali.
De pé.
De toalha.
De rainha.
Com o peito ofegando e a moral de fuzil na cara.
Falou bonito. Falou certo. Falou firme.
E porra… como é que se trepa com uma mulher dessa e ainda acha que manda?
Eu virei pra ela.
A cara ainda fechada.
O sangue fervendo.
— “Minha casa também, é?” — falei, arrastando a voz, sujo de ironia. — “Tu chega agora e já quer riscar nome na porta, porra?”
Ela nem piscou.
Só cruzou os braços, a toalha caindo meio centímetro e o orgulho subindo dez andares.
— “Tô morando aqui, não tô? Então metade do teto é meu. E tu que lute.”
Eu ri. Mas não foi riso leve. Foi aquele riso de canto, cínico, vulgar.
Desgraçado.
— “Pois então te prepara… porque viver comigo é dormir com granada no travesseiro, Alana.”
Ela andou até mim.
De salto nenhum, só o pé no chão e a alma na cara.
Chegou perto.
Ficou tão