[NARRADO POR ALANA]
Respirei fundo. A testa ainda encostada na dele. O calor da mão dele na minha barriga era quase um feitiço, mas a realidade bateu de volta como tapa na cara.
— “Vamos focar no agora.” — falei, firme. — “Tu ainda tem que descobrir quem é o X9. Senão essa falsa morte vai ter sido em vão.”
Caio fechou o rosto na hora. A expressão mudou. O tesão virou estratégia. O corpo dele se retesou como quem engatilha.
— “Tô ligado.” — ele respondeu, seco, já com os olhos mirando o nada, mas enxergando tudo.
Se levantou comigo no colo e me colocou no chão com cuidado, como se fosse aço quente.
Depois foi direto pro rádio que tava no canto da cozinha. Apertou o botão e falou baixo, mas com voz de comando que atravessa parede.
— “Diguinho, me escuta.”
Silêncio. Estática. Depois a voz do outro lado, abafada:
— “Fala, Muralha.”
atravessou o rádio com aquele respeito que não se ensina. Se conquista.
Caio respirou fundo, olhos fixos em mim, mas mente longe — lá no campo minad