capítulo 32
[Narrado por Caio – o Muralha]

Ela não piscou mais.

Nem eu.

Era guerra. Daquelas sem sangue, mas com cicatriz.

— “Tu acha que eu teria coragem de te mirar, Caio?” — ela soltou, com aquela voz baixa que parece calmaria... mas vem antes da tempestade.

— “Acho que tu teria coragem de tudo. Até de me matar... se fosse por justiça.”

Ela deu um meio sorriso. Um desses que mais parece corte em carne viva.

— “E tu? Me mataria?”

Respirei fundo, o peito subindo como se pesasse toneladas.

— “Te matar seria mais fácil que continuar te querendo.”

Ela deu um passo. Um só. Mas foi o suficiente pra diminuir o espaço e aumentar o caos.

— “E continuar me querendo é tão errado assim?”

— “Tu é a porra do meu erro favorito.” — falei, firme, sem desviar.

Ela travou o maxilar. Eu notei. Porque eu conheço cada detalhe daquela mulher. Cada fraqueza camuflada de fúria.

— “Então por que tu mente pra ti mesmo? Me afasta, finge que não sente… como se a gente já não tivesse morrido e vol
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