[Narrado por Coronel Daniela]
Dois dias.
Quarenta e oito horas desde que a Sargento Alana desapareceu em "missao de rotina".
Dois dias desde que a emboscada falhou.
E dois dias que eu passo engolindo o gosto amargo do fracasso. Porque, pra quem comanda, errar em silencio ainda fere. Mas quando o erro sangra pra fora... vira fraqueza. E fraqueza, no meu mundo, cheira a morte.
A base ta mais silenciosa que o normal. Olhares escapam, cochichos evaporam quando eu passo. Eles sentem. Eles sabem.
Mas nao sabem tudo.
O que eles nao sabem é que fui eu quem assinou o destino da Alana.
E faria de novo.
Ela nunca devia ter voltado.
...
Meu nome é Daniela Vasconcellos. Coronel. Três medalhas, vinte e sete anos de serviço, e uma ficha limpa que mascara os podres que tive que enterrar.
E se me perguntarem por que quero ver Alana tombar?
E se me perguntarem por que quero ver Alana tombar?
A resposta é simples: porque ela me lembra tudo que eu precisei matar em mim pra chegar onde chegu