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O ar gélido do hospital do morro parecia impregnado de pavor. Carregar Any desacordada, seu corpo inerte em meus braços, era um pesadelo.
— Alguém ajude! — minha voz rouca ecoou pelo corredor.
Duas enfermeiras surgiram, seus rostos tensos. O reconhecimento brilhou em seus olhos. Fui atendido com uma rapidez que contrastava com a urgência da situação. Levaram Any para uma sala restrita, onde eu não tinha permissão para entrar.
— O que ela tem? — a pergunta escapou como um fio de voz embargado.
— Ela está convulsionando devido à febre alta — explicou uma das enfermeiras, a voz calma, profissional. — O médico já está cuidando dela.
— Façam o que for preciso para salva-la — implorei, o medo corroendo minhas entranhas.
— Pode deixar, patrão. — seu olhar era de interesse em mim, mas nada importava além da Any.
Caminhei de um lado para o outro, como um animal enjaulado, enquanto os minutos se arrastavam como horas.
Ela não podia morrer, não assim, era eu quem... Não! Que pensam