Liz
— Ele pagou? — Minha voz soou impaciente no celular. Já passava das quatro da tarde, e Marcus ainda não havia dado as caras.
— Não, patroa, ele sumiu. O vapor que estava na cola dele disse que ele despistou.
Um arrepio frio percorreu minha espinha, mas não de medo, e sim de uma raiva crescente. Sumiu? Comigo, ninguém sumia.
— Ele não sabe com quem está mexendo. Reúna os vapores. Quero todos na boca em cinco minutos.
— Sim, patroa.
Olhei para Brandon, que estava ao meu lado, sua expressão séria refletindo a minha.
— Ele vai se arrepender de ter nascido. — Sussurrei, mais para mim mesma do que para ele.
Brandon apenas acenou, seus olhos fixos em mim, entendendo a fúria que eu sentia. Não era só sobre o dinheiro, era sobre autoridade. Era sobre mostrar quem mandava agora no Morro Senegal.
Chegamos a boca e os vapores já estavam reunidos. A tensão era palpável no ar. Todos sabiam que Marcus havia cruzado uma linha.
— Escutem bem. — Minha voz cortou o silêncio. — Marcus sumiu