Liz
O cheiro de suor e pólvora ainda estava impregnado nas minhas narinas quando estacionei a moto na boca do morro. A adrenalina da caçada a Marcus começava a se dissipar, dando lugar a uma satisfação fria. A lição havia sido dada, e o recado claro: o Morro Senegal tinha uma nova patroa, mesmo que temporária, e ela não tremia nas bases. Ph, meu pai, sabia que podia contar comigo para manter a ordem enquanto ele aproveitava suas merecidas férias.
Brandon se aproximou, limpando o sangue seco de Marcus da sua mão com um lenço. Seus olhos encontraram os meus, e um aceno de cabeça mudo trocamos. Aquele era o nosso idioma, o entendimento sem palavras que só existia entre quem compartilhava o mesmo tipo de fardo.
— O Chris tá lá dentro com uns vapores, patroa. Parece que tem uns recados chegando — ele disse, sua voz rouca, como sempre.
Meus passos ecoaram no corredor estreito da boca. Lá dentro, a fumaça de cigarro e o cheiro doce de maconha disputavam espaço no ar abafado. Chris estava sen