Lívia ficou alguns segundos em silêncio, observando Rafael com uma calma que ele nunca tinha visto nela. A luz do fim da tarde batia nos cachos dela, iluminando o rosto com um brilho quase etéreo.
Ela parecia uma mulher feita de certeza.
Não de impulsos.
Rafael esperava a resposta como quem segura o ar no peito — sem saber se vai respirar de novo.
Ela então desviou o olhar por um momento, respirou fundo e, quando voltou a encará-lo, havia algo diferente: suavidade… e firmeza.
— Rafael… — ela começou, com um tom que já dizia tudo — eu não vou fingir que não senti sua falta. Seria mentira. Eu senti. Senti muito.
Mas também aprendi muito sem você.
Ele engoliu seco.
— Lívia…
Ela ergueu a mão, pedindo silêncio.
— Deixa eu terminar. — disse, sem dureza, apenas com clareza. — Eu não quero um retorno apressado, nem emocionalmente inconsciente. Eu não quero reviver gatilhos antigos.
Se eu for voltar com você… — ela aproximou um passo — vai ser pra construir algo de verdade.
Rafael assentiu, co