Eles caminhavam pelo estacionamento externo do restaurante, lado a lado, as mãos entrelaçadas com naturalidade. Não havia pressa. Nem sombra. Só um clima leve, quase quente, daquele tipo que só existe quando duas pessoas finalmente param de se machucar e começam a se escolher.
Rafael apertou a mão dela de leve.
— Eu ainda não acredito que você disse sim. — murmurou, com um sorriso que parecia de adolescente apaixonado.
Lívia riu.
— Eu disse sim, mas não disse “sim pra bagunça”.
Disse sim pra gente de verdade.
— E eu vou honrar isso. — ele garantiu.
Eles estavam prestes a chegar ao carro quando Rafael parou de repente, o corpo enrijecendo.
Lívia franziu o cenho.
— O que foi?
Ele respirou fundo, olhando para a entrada do restaurante.
— Acho que… temos companhia.
Lívia virou o rosto na direção indicada — e o coração deu um pequeno salto.
Vicente.
Elegante como sempre, num terno claro, celular na mão, parecendo estar esperando alguém. Mas quando ele levantou o olhar e viu Lívia…
O tempo p