O e-mail chegou com o assunto:
“Proposta de adaptação – interesse real e imediato.”
Aurora estava no meio da revisão de um novo volume da Cicatrizes Invisíveis quando clicou, sem muita expectativa. Estava acostumada com propostas exageradas que não davam em nada.
Mas este era diferente.
A mensagem vinha com a assinatura de uma produtora de renome, conhecida por transformar histórias delicadas em séries de prestígio. E o título no corpo do e-mail deixou Aurora imóvel por alguns segundos:
Gostaríamos de adquirir os direitos de adaptação de “Quando as Estrelas Dormiam no Chão”, de Elisa B. Nogueira.
Seu coração deu um salto.
A reunião foi marcada para a semana seguinte, por videochamada.
Do lado da produtora estavam três pessoas: uma executiva simpática demais, um roteirista quieto com um caderno sempre fechado, e um diretor que usava camiseta preta básica e parecia estar sempre com pressa.
— O livro é poderoso. Silencioso, mas forte — disse a executiva, sorrindo. — E achamos que ele tem