Quando Aurora voltou ao Brasil, encontrou a sede da Constela diferente.
Havia flores novas no jardim.
Havia uma fila de caixas de livros recém-chegados da gráfica.
Havia vozes animadas nos corredores e reuniões improvisadas nos sofás da recepção.
Mas o que mais chamou atenção foi o mural da entrada.
Lá, entre fotos e frases que celebravam projetos passados, havia uma folha nova, pendurada por Mariana:
*“O crescimento é uma estrada.
Mas quem esquece o caminho… vira só mais um endereço.”*
Aurora parou, leu, sorriu.
E respirou fundo.
O sucesso de O que Resta havia virado manchete em jornais nacionais.
Matérias elogiavam o “selo independente que emocionou a Europa”, enquanto editoras grandes começavam a enviar propostas de parceria.
A Constela estava, finalmente, no radar.
— A gente tá recebendo contato de tudo quanto é lado — disse Davi, em uma das reuniões.
— Tem gente querendo vender a marca, comprar os direitos de distribuição, transformar nossos livros em séries pra streaming...
Auro