Fazia pouco mais de um mês desde que Yves havia entrado na minha vida, e ainda me surpreendia com o quanto as coisas haviam mudado. O tempo parecia correr em uma nova medida — não mais em horas ou dias, mas em mamadas, cochilos e trocas de fralda.
Naquela manhã, o apartamento estava silencioso. Yves, depois de uma madrugada mais agitada, finalmente dormira. Aproveitei o breve momento de calmaria para sentar no sofá com uma xícara de café pela metade e o notebook apoiado nas pernas. Na tela, o portal da faculdade exibia o botão vermelho que eu tentava ignorar há dias: "Solicitar trancamento de matrícula."
Suspirei. Meus olhos estavam cansados, as olheiras mais fundas do que o habitual. Tinha passado as últimas semanas equilibrando turnos na lanchonete, as aulas, os cuidados com Yves e as contas que não paravam de chegar. Milles enviava ajuda sempre que podia, mas o valor mal cobria os gastos do bebê, e eu precisava lidar com o restante sozinha.
Já havia reduzido minhas saídas, cortado