O som suave do choro de Yves ecoava pelo quarto quando abri os olhos. Ainda sonolenta, levei alguns segundos para processar onde estava — e com quem. Desde que Milles partiu, os dias vinham se misturando uns aos outros, cada um carregando o peso de ser tudo ao mesmo tempo: cuidadora, estudante, trabalhadora. E agora... talvez, algo mais.
Me levantei devagar, sentindo o corpo pedir mais algumas horas de descanso que não viriam. Fui até o berço improvisado no canto do quarto. Yves agitava os bracinhos, o rostinho enrugado de quem exigia atenção imediata. Quando me viu, seus olhos se suavizaram, e um som quase risonho escapou de seus lábios.
— Você nunca dorme até tarde, né? — sorri, pegando-o com delicadeza.
Levei o bebê para a cozinha e, enquanto esquentava a mamadeira, notei algo diferente. Um envelope. Estava sobre a bancada, dobrado ao meio, sem nome ou qualquer identificação. Franzi a testa. Tinha certeza de que aquilo não estava ali na noite anterior.
Com Yves ainda nos braços, pe