Alec.
Bonito demais para passar despercebido. Mas não era só isso. Ele tinha aquele tipo de beleza que incomoda — não pela arrogância, mas pela presença. O olhar profundo demais. O andar silencioso. A forma como parecia carregar um universo inteiro em silêncio, sem precisar justificar sua existência.
Desde a primeira vez que o viu no estúdio, Marina sentiu que algo nela reagia de um jeito que não sabia nomear. Não era apenas desejo — embora fosse impossível negar a atração física. Era um incômodo mais sutil. Como se sua simples presença desarmasse suas defesas e a obrigasse a encarar tudo o que tentava esconder. Principalmente de si mesma.
Havia algo no jeito como ele a observava... como se soubesse.
Como se enxergasse não apenas Marina, mas Sara também.
E por isso, naquela sexta-feira nublada, quando Leonardo lhe mandou uma mensagem casual — “Passa aqui mais tarde. Tem algo novo que quero te mostrar” —, Marina hesitou. Por segundos longos demais. Pensou em não ir. Em inventar uma des