A sexta-feira amanheceu com uma névoa fina sobre os prédios da cidade, e Luna já estava pronta, mochila nas costas e fones nos ouvidos, escutando a playlist instrumental que montara para os dias de prova. O campus estava agitado, cheio de alunos correndo entre os corredores e entregando os últimos trabalhos.
Ela cumprimentou Isadora com um aceno, pegou um café na cantina e seguiu para a aula. Seu corpo ainda sentia os ecos da noite anterior — o prazer intenso da live, a excitação que ficava marcada na pele, o suor, a adrenalina… e o olhar fixo no nome de doador que sempre liderava seu ranking: “S_”.
Ela nunca soube o nome completo. Mas sempre estivera lá. Silenciosa, constante. Misteriosa. A conta de usuário era simples, sem foto, mas com generosas contribuições em cada live. Luna começava a se perguntar quem era aquela pessoa — e o porquê de estar tão presente.
Era como um farol no meio do caos.
E então, naquele dia, sem aviso, o nome ganharia rosto.
⸻
No trabalho – Sede da emp