Quinta-feira à noite / Apartamento de Sophia
Luna subiu os últimos degraus até o apartamento de Sophia com o coração martelando no peito. Não quis esperar o elevador. Nem pensou em mandar mensagem. Só foi. Precisava acabar com aquilo. Com o nó que se apertava mais a cada dia, mais a cada mensagem não enviada, mais a cada olhar cruzado sem coragem.
O corredor estava silencioso. Um tapete elegante diante da porta de madeira escura. E, por um momento, ela hesitou. Mas era tarde demais pra recuar. Então bateu.
Três toques firmes.
Passos suaves do outro lado. E então a porta se abriu.
Sophia estava ali, de moletom e camiseta, os cabelos soltos e os olhos um pouco cansados — mas ainda assim intensos, quase furiosos de beleza. Surpresa.
— Luna? — a voz saiu quase um sussurro.
— Eu preciso falar com você. Agora. — Ela não esperou resposta. Entrou.
Sophia fechou a porta devagar, virando-se com o corpo tenso.
— Aconteceu alguma coisa?
Luna virou-se para ela, os olhos brilhando com uma