Sophia acordou com o corpo ainda febril, como se a madrugada anterior tivesse deixado traços em sua pele. Ela levou os dedos até os lábios, lembrando do gosto do próprio prazer, e os olhos demoraram segundos a mais na tela do celular. Nenhuma nova notificação. Nenhuma nova mensagem daquela que a fizera perder o controle.
  “Qual é o nome dela?”
  Era uma pergunta simples. Mas carregada de tempestades.
  Levantou-se lentamente, ignorando o café da manhã. A cabeça girava entre o desejo bruto e a sombra do mistério. Havia algo naquela garota… algo além da carne e da performance. Um tipo de dor. De vazio disfarçado. Uma familiaridade que fazia o coração de Sophia bater fora do compasso.
  “Eu preciso saber quem ela é.”
  No trabalho, o mundo parecia embaçado. As reuniões soavam distantes, como se os números e gráficos não tivessem mais peso. Jacqueline notou a expressão perdida da chefe e, pela primeira vez, hesitou em interromper:
  — Sophia… está tudo bem?
  — Claro. Apenas pensando —