Os pais de Cristina receberam a notícia da prisão de Rafael na delegacia. Souberam também que sua filha estava a caminho, acompanhada pelo delegado da cidade de Paranapanema. A apreensão e a curiosidade borbulhavam em seus corações, tentando desvendar o motivo daquela viagem inesperada.
Após algumas horas de espera tensa, dois carros da polícia surgiram na rua. Do veículo da frente, Cristina desceu, amparada por Fernando. Omar e Maria trocaram olhares carregados de remorso por terem cogitado aproximar Rafael de sua filha, unicamente por Fernando ser irmão de Gabriela. A culpa os corroía ao perceberem a injustiça de tal julgamento. Aproximaram-se, observando o estado fragilizado de Cristina, o rosto pálido e inchado pelas lágrimas recentes.
— O que aconteceu,