Fernando mal conseguiu pregar o olho naquela cela fria da delegacia, e quando finalmente o sono começava a chegar, mais um pesadelo o assaltou. Só que dessa vez, uma mão aveludada tapava sua boca, abafando qualquer grito.
Pela manhã, um guarda o despertou, avisando que seu advogado estava ali. Parecia que um único dia se arrastava como vinte longos e dolorosos dias, pois ser acusado de algo que não cometeu só piorava tudo.
Ao ser levado à sala do delegado, viu seu advogado, Marco, com um papel nas mãos:
— Fernando, desculpe a demora. Ontem à noite corri para preparar o pedido de habeas corpus.
— Você não sabe o alívio que sinto ao ouvir isso.
O delegado o fitava com um olhar que denunciava seu desacordo com a soltura, e fez u