O dia estava chuvoso e cinzento, como se o céu tivesse decidido conspirar com o meu humor. A chuva tamborilava nas janelas da biblioteca e cada pingo parecia marcar o tempo até a ruína. James terminou a investigação. Prometi a Isabella que não iria revirar sua vida, mas não importava mais, a verdade chegou aos meus ouvidos.
JAMES: Ela tem uma filha com Sayron Ravelli, uma menina chamada Luce. Segundo o que encontrei, ela tem cerca de dois anos e meio, quase três.
Aquela frase caiu sobre mim como chumbo. Não apenas mudou o jogo, mudou tudo ao meu redor. Sentei-me, sentindo o assoalho afundar sob o peso da notícia, como se todas as certezas que ainda me restavam tivessem sido arrancadas numa única manobra. A vida súbita de cores frias que eu levava parecia, naquele instante, tornar-se irreconhecível.
Os meus pensamentos giravam em torno da notícia. Uma filha… Luce, de apenas dois anos e meio. E eu... eu a pedi em casamento jurando confiar nela.
Olhei para o anel no dedo. A aliança