A claridade fria da manhã se infiltrava pela pequena janela gradeada da cela. Sophia estava sentada no canto, os cabelos desgrenhados, os olhos fixos na parede diante de si. Murmurava frases desconexas, como se falasse com alguém invisível.
Eles não podem ser felizes sem mim… não podem… Eduardo é meu. Sempre foi.
As outras detentas a observavam de longe, algumas com medo, outras com pena. Sophia alternava entre momentos de silêncio absoluto e surtos de fúria. Quando lembrava de Elisa, o ódio parecia queimar dentro dela como fogo incontrolável.
Eu ainda vou acabar com ela… sussurrava, apertando os punhos até as unhas marcarem a pele. Nem a maternidade vai salvá-la de mim.
No entanto, por mais que insistisse em seus delírios, as paredes frias da prisão lhe lembravam a realidade: estava presa, impotente, assistindo de longe a felicidade de Eduardo se construir. Mas em sua mente distorcida, ela ainda acreditava que poderia vencer.
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Enquanto isso, no hospital, a atmosfera era comp