As sirenes cortavam a madrugada, iluminando as ruas enquanto a ambulância corria em direção ao hospital. Elisa estava deitada na maca, o rosto banhado em suor, respirando de forma irregular. Eduardo segurava sua mão com firmeza, como se aquela ligação fosse a única âncora que os mantinha no mundo real.
Aguenta firme, meu amor ... ele murmurava, tentando transmitir calma, embora por dentro estivesse em pedaços. Nós já estamos chegando.
Elisa gemeu de dor, as contrações começando a se intensificar.
Eu… acho que está começando… os bebês… sua voz falhava entre lágrimas e suspiros.
O médico que os acompanhava confirmou rapidamente.
É trabalho de parto prematuro. Precisamos acelerar a internação.
Eduardo sentiu o coração disparar. O medo de perder Elisa ou os filhos o esmagava, mas ele sabia que não podia demonstrar fraqueza. Sua força era agora a força dela.
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No hospital, tudo aconteceu em questão de segundos. Elisa foi levada diretamente à sala de parto, cercada por médicos