Cinco dias.
Esse era o tempo que Elisa estava desaparecida. Cinco longos dias que pareciam séculos para Eduardo, que não conseguia dormir, nem comer, nem respirar em paz. O silêncio da ausência dela o esmagava, e a cada ligação dos sequestradores, seu coração sangrava mais.
Sophia, ao contrário, parecia radiante. Com cada lágrima de Eduardo, ela se tornava mais necessária, mais presente, mais indispensável. Sua confiança crescia como uma chama bem alimentada. Já não temia as suspeitas iniciais dele. Agora, tinha certeza de que estava vencendo o jogo.
Numa noite, aproximou-se com uma taça de vinho. Eduardo, exausto, não reagiu quando ela se sentou ao seu lado.
Você precisa relaxar, Eduardo. ... disse em tom baixo, quase hipnótico. Se continuar assim, não vai ter forças nem para salvar Elisa quando a hora chegar.
Ele suspirou, apoiando-se no encosto do sofá. Sophia então pousou delicadamente a mão sobre o braço dele. Ele não afastou.
Um sorriso discreto curvou os lábios dela.
Mais ta