O sexto dia amanheceu cinzento. Elisa já não distinguia mais as horas no cativeiro. O frio, a escuridão e o medo eram seus únicos companheiros. Cada batida de seu coração era marcada pelo terror de perder seus bebês antes mesmo de vê-los nascer.
Naquela manhã, os passos pesados anunciaram a entrada de um dos sequestradores. Ele não trouxe comida. Apenas deixou sobre a mesa um pequeno celular de tela rachada.
Mandaram você assistir. ... disse, seco, e saiu, trancando a porta atrás de si.
Elisa, com as mãos trêmulas, pegou o aparelho. Apertou o botão e a tela se acendeu.
O vídeo começou. Eduardo aparecia. Estava deitado no sofá, exausto, a cabeça apoiada no ombro de Sophia. Ela acariciava o rosto dele, delicadamente, como uma amante que consola. O ângulo era perfeito, calculado, como se fossem cúmplices em um momento íntimo.
Elisa mordeu os lábios até quase sangrar.
Não… não pode ser… murmurou, tentando afastar a ideia.
Então veio a segunda parte. Uma montagem cruel. Eduardo, em ou