Eduardo estava na sala de reuniões da empresa quando o telefone pessoal tocou.
Reconheceu o número do enfermeiro particular do avô e atendeu imediatamente.
O senhor Frederico está pedindo para vê-lo, senhor Eduardo. Disse que é urgente.
Aconteceu algo?
Não. Mas ele está bastante inquieto. Já mandamos os remédios. Acredito que ele só precise… conversar.
Eduardo encerrou a reunião na mesma hora e seguiu para a mansão dos Santos. A mesma em que crescera, cercado por luxo, tradição e o peso de um sobrenome que movia influências e empresas.
Ao entrar no quarto do avô, o encontrou sentado na poltrona, com uma manta sobre as pernas e olhar penetrante.
Finalmente , disse o velho com voz firme, embora o corpo estivesse visivelmente fragilizado. Pensei que você tinha me esquecido.
Nunca, vô. Só estou com muito trabalho.
Sempre essa desculpa. Mas, Eduardo… Frederico o encarou ... dessa vez, não vim falar de negócios. Vim falar da Elisa.
Eduardo sentiu a garganta secar.