Eduardo desembarcou em Paris sob o pretexto de uma reunião com investidores europeus, mas a verdadeira razão do voo era outra: Clara Vianna.
Ele precisava vê-la com os próprios olhos. Ouvir sua voz. Ter certeza do que seu coração já começava a sussurrar:
Elisa estava viva.
Mais do que isso ... estava brilhando, sem ele.
Fez o que podia: ligou para a produção do espetáculo, tentou contato com a assessoria, foi até o teatro em que ela se apresentaria.
Mas chegou tarde.
A senhorita Clara já deixou a cidade. Próxima parada: Roma ... informou uma atendente, em francês impecável.
Eduardo sentiu um soco no estômago.
Mais uma vez… ela escapava.
Voltou ao hotel, frustrado, e se trancou no quarto.
O silêncio o fazia companhia há dois anos, mas naquela noite… foi ensurdecedor.
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Três dias depois, de volta ao Brasil, Eduardo entrou em sua cobertura com os ombros mais pesados do que nunca.
Jogou a mala no sofá e se dirigiu ao bar. Serviu uma dose de uísque.
Estava prestes a be