A cada dia sem resposta de Elisa, Eduardo se irritava mais.
Ligava. Mandava mensagem. Nada.
Nenhum retorno. Nenhuma explicação.
Quem ela pensa que é pra me ignorar? ... resmungou, jogando o celular sobre a mesa.
Sophia, sempre por perto, aproveitava cada brecha da raiva dele.
Talvez… ela não se importe tanto quanto você pensa ... sugeriu com voz mansa, enquanto passava os dedos pelos cabelos dele com intimidade.
Não é possível. Ela sempre foi submissa. Caseira. Nunca ousou contrariar nada.
E talvez, Eduardo, ela tenha mudado. Talvez esteja aproveitando a liberdade.
Não seja ridícula.
Não estou sendo. Estou sendo realista. Você está aqui. Ela está lá. Sozinha. Livre. Quem garante que ela não está conhecendo alguém?
Aquilo o atingiu como um tapa.
Elisa não é esse tipo de mulher.
Ninguém é… até ser.
Sophia foi abrindo espaço na rotina dele com a suavidade de uma víbora sedutora. Primeiro como companhia constante no hospital. Depois, como presença garantida em ja