O galpão não era mais o mesmo.
O cheiro de ferrugem e óleo havia sido substituído por perfume amadeirado e o som distante de jazz instrumental. As paredes estavam limpas, o piso reluzente, e a antiga cadeira de ferro agora dava lugar a uma mesa elegante de vidro.
Valentina entrou devagar, o salto ecoando no silêncio.
Cada passo parecia mais alto do que deveria.
Dominic estava de costas, observando a cidade pela janela.
— Achei que não viria — disse ele, sem se virar.
— Não vim por você — respondeu, firme. — Vim pra dizer que não vou aceitar suas regras.
Dominic girou o corpo devagar, o olhar frio e curioso.
— E mesmo assim, está aqui.
Ela cruzou os braços. — Isso não muda nada.
Ele deu alguns passos na direção dela, e o som ritmado dos sapatos preencheu o ar.
— Você sempre diz isso quando está tentando se convencer de algo.
— De você, Dominic? Nunca.
Um sorriso se formou nos lábios dele.
— Não me subestime, principessa. Já vi o bastante pra saber que seu “nu