Ecos do Silêncio

O caminho de volta à vila era pesado, como se cada passo fosse dado em terreno encharcado de sombras. A floresta, antes viva com os sons da noite, agora estava mergulhada em um silêncio desconfortável. Nem os grilos ousavam cantar. O vento cortava por entre as árvores, carregando o cheiro de cinzas e sangue, lembrando-os de que a clareira que deixavam para trás não era apenas um campo de batalha, mas um aviso.

Elô caminhava entre Miguel e Clara. O corpo doía em cada músculo, como se tivesse sido dilacerado e costurado de novo. A mente, contudo, pesava ainda mais. A lâmina híbrida desaparecera de sua mão, mas o calor de sua presença permanecia dentro dela, latejando. Era como carregar um coração estranho batendo no próprio peito.

Clara, embora ferida, se mantinha próxima, quase maternal em sua vigilância. A jovem curandeira olhava para Elô com um misto de admiração e preocupação, mas também com medo – não dela, mas do que habitava dentro dela. Elô percebia isso. Sentia o olhar nos mome
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