O barulho insistente da campainha ecoou pelo apartamento.
Helena estava prestes a sair para mais um dia de trabalho quando abriu a porta… e ali estava ela. Isadora. Com os cabelos impecavelmente arrumados, maquiagem sutil e uma expressão cuidadosamente montada entre arrependimento e vulnerabilidade.
Helena não disse nada. Apenas cruzou os braços e a observou.
— Posso entrar? — a irmã perguntou, a voz mais doce do que de costume.
Helena deu um passo para o lado, apenas para não fazer escândalo no corredor. Isadora entrou como quem pisa em solo desconhecido.
— Eu vi seu vídeo. — começou, sentando-se sem ser convidada. — Você está… diferente.
Helena manteve-se de pé, encarando-a.
— E você está fingindo mal. Vamos pular as formalidades?
Isadora franziu a testa, mas forçou um sorriso.
— Eu vim aqui porque acho que a gente pode resolver as coisas. Somos irmãs, Helena. Você não acha que já passou tempo demais?
Helena arqueou a sobrancelha.
— Tempo demais pra quê? Pra que você me traísse de n