Primeiros Passos de Liberdade
A noite caiu silenciosa sobre a cidade. No apartamento iluminado por luzes amenas, Clarence parecia flutuar enquanto arrumava a mesa do jantar. Diferente da mansão onde sempre servira como empregada do próprio marido, ali, cada gesto era livre, carregado de significado. O aroma do molho fresco invadia a cozinha, e Adam observava de longe, emocionado com a delicadeza da mãe em preparar algo para eles. — Mamãe... a senhora não precisava. — disse, sentando-se no balcão da cozinha. Ela sorriu de leve, mexendo a panela. — Eu sei, meu filho. Mas esta é a diferença: aqui eu faço porque quero, não porque alguém exige de mim. É prazer, não obrigação. Naquele instante, Adam entendeu o quanto a liberdade transformava até o ato mais simples. Jantaram juntos em silêncio sereno, apenas trocando olhares cúmplices. Depois do banho, Adam chamou a mãe para a sala. Pôs a carteira sobre a