Jeffrey me olhou como só ele sabia olhar: direto, sem desviar, como se atravessasse minha alma. Eu tentei rir, desviar, mas aquele olhar não me deixava escapar.— Primo, vou te dizer uma coisa, e eu espero que você ouça com o coração aberto: para você ter uma mulher, você não precisa assinar um contrato de submissão.Revirei os olhos.— Ah, não começa…Ele ergueu a mão, me cortando.— Escuta, Adán. A submissão que você tanto procura não está num papel, nem numa coleira, nem numa máscara de coelhinha. Submissão de verdade — se é que você precisa chamar assim — nasce de confiança, nasce do afeto, nasce do querer estar junto. Basta você ter uma namorada, alguém que escolha estar com você por quem você é, não pelo medo ou pelo contrato que você impõe.Aquilo me incomodou. Eu tentei me justificar:— Eu não sei ser de outro jeito, Jeffrey. Desde os dezoito anos…— Pois é aí que está! — ele me interrompeu, firme. — Desde os
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