Adam estava ainda com o peso do que havia acontecido, mas também com uma chama nova acesa dentro dele. O encontro com a terapeuta havia mostrado o quanto a mãe precisava se reconstruir, e ele sabia que a mudança não podia esperar. Assim que Jeffrey entrou no escritório, Adam foi direto ao ponto, sem rodeios.
— Jeffrey, preciso que você faça algo para mim, e é urgente.
O primo, que já vinha sorridente, logo ficou sério.
— Claro. O que foi?
Adam apoiou os cotovelos na mesa e entrelaçou os dedos.
— Eu deixei meu cartão com a mamãe. Pedi para ela ir às compras, renovar as roupas, arrumar o apartamento. Amanhã mesmo ela vai começar a viver de um jeito que nunca pôde.
Jeffrey arqueou a sobrancelha, curioso.
— Até aí tudo bem... mas pelo seu tom, tem mais coisa.
— Tem sim. — Adam confirmou. — O apartamento ao lado do meu... aquele que eu usava para encontros passageiros... não será mais um lugar de degradação. Agora vai ser