Paris amanheceu com céu nublado, como se o clima anunciasse a tempestade que estava prestes a se abater sobre todos. O silêncio dentro da suíte do Hotel Duval era interrompido apenas pelo som de malas sendo arrastadas e passos apressados.
Camila tentava manter a calma enquanto separava documentos, roupas e pertences de Rafael. O bilhete anônimo recebido por Helena deixara todos em alerta. Rafael não podia mais ficar ali. Ninguém podia.
— Mãe... pra onde a gente vai agora? — perguntou Rafael, ainda sonolento.
Camila se agachou diante dele, segurando seu rosto com ternura.
— Vamos passear um pouco. Um lugar novo, onde você possa correr, brincar e... ficar seguro.
Ele assentiu, ainda sem entender a gravidade. Mas seus olhos castanhos, tão parecidos com os de Leonardo, mostravam que ele pressentia que algo não estava certo.
Helena entrou no quarto com o rosto tenso.
— O jatinho está pronto. Alexandre cuidou de tudo.
— E Leonardo? — perguntou Camila, temendo a resposta.
— Ele foi atrás de